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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Inconfessáveis

Sempre que eu tenho de fazer valer o meu direito de prioridade nas caixas de pagamento para grávidas (chamando discretamente a atenção da senhora da caixa, deixando a barriga bem visível, dizendo de forma calma e suave que "Queria ter prioridade, por favor" e aguardando que seja a senhora da caixa a pôr ordem na sua fila, coisa que geralmente faz com grande satisfação e zelo), o meu coração começa a bater com TANTA força que acho que é possível ver-se o dito aos saltos debaixo da roupa.

Até hoje nunca tive qualquer problema, mas estou sempre à espera de ouvir a primeira vozinha vinda lá do fundo a tecer as suas queixas para o ar ou para quem a queira ouvir sobre a sua pressa ou a sua incapacidade ou a sua velhice ou o meu abuso de direito...

11 comentários:

  1. LOLOLOLOOL!
    Isso já não acontece... Só talvez nas repartições de finanças..

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  2. Como estás enganado, AP. Tive alguns dissabores e inclusive uma pessoa que, para não me deixar passar, de repente, em plena caixa do supermercado, engravidou :(

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  3. Eu gravidérrima, pedi um lugar dos reservados (num autocarro cheio em hora de ponta), a um homem que lá estava sentado, e não imaginas a confusão que foi, porque o autocolante (que está no vidro)tinha sido arrancado, mas o lugar continuava forrado a vermelho e obviamente continuava reservado. Ele não se levantou armou um burburinho no autocarro, já toda a gente dáva palpites, uma mulher dizia que no tempo dela é que as mulheres eram fortes, que trabalhou até ao fim da gravidez, que agora ninguém aguenta nada e blá, blá, blá. O motorista teve de parar o autocarro e dizer ao homem que apesar de não haver autocolante o lugar tinha uma cor diferente dos outros, logo era reservado. Ele lá teve que se levantar...e eu lá me sentei!

    Ana

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  4. Eu também ficava com o coração aos saltos. Mas passava sempre à frente na mesma :)
    Felizmente nunca tive stresses, não tenho razões de queixa, mas sei de pessoas que tiveram situações desagradáveis...

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  5. :D essas situações são lindas!!!

    uma vez tive uma situação de cruzamento de trânsito...

    estava no super e à minha frente estava uma familia feliz com dois putos pequenos, mas no carrinho do super. eu lá consegui a prioridade porque carregava uma barriga enquanto os putos não estavam propriamente ao colinho....

    é normal!

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  6. Por acaso lembrei-me de uma situação. Quando estava grávida de 7 meses fui a Paris. No aeroporto de Lisboa há uma porta para prioritários. Eu toda contente lá fui, mas os parvos entendiam que prioritários eram: grávidas, cadeiras de rodas e... pais com putos de 10 anos...
    Aquilo estava ao rubro de miúdos, deviam ir todos para a Disneyland Paris ou assim...
    Demorei tanto tempo como se tivesse ido por vias normais e custou-me estar tanto tempo de pé com aquele barrigão quando tinha putos à frente com boas perninhas para andar... noutro sítio que não aquele. Ainda hoje me arrependo de não ter reclamado.

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  7. Mesmo estando de barrigão ainda fico nervosa quando passo à frente de alguém! Mas acredita que já me lançaram olhares fulminantes!

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  8. caRga nisso! Não dês importância de mais a pessoas mesquinhas. É um direito teu, faz uso dele; só assim, as pessoas que lutaram por esses direitos são reconhecidas, sim, não é fácil lutar por pelos direitos das pessoas e requerer mais cidadania.

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  9. Xiiiiiiiiii!
    Eu tive um a dizer-me que a mulher tinha vindo do hospital e até ainda tinha pulseira (das verdinhas, coitada...).
    Eu disse-lhe que quando houvesse caixas prioritárias para doentes, a mulher do dito poderia passar à frente de todos...
    Enfim!
    Barrigudas e com orgulho. :)

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  10. Infelizmente, às 37 semanas de gravidez, posso dizer que raríssimas foram as vezes que sugeriram passar à frente. As únicas caixas que funcionam são as que são exclusivas para grávidas (como no continente ou ikea), nas restantes a maioria das pessoas finge não ver a grávida para não ter de deixar passar! E numa repartição das finanças uma senhora disse-me mesmo que não deixava passar porque eu estava em casa sem fazer nada e ele estava ali desde as 9 da manhã... Também é nestas coisas que se mede a cultura do nosso país, que vai de mal a pior (pelo menos em Lisboa).

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