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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Um dia depois do outro

Nada como o passar dos dias. Com o nosso cachopo parece resultar, pelo menos por enquanto!

Ele andava birrento e a subir a parada cada vez mais, se bem se lebram...

Ralhar e timeout já não bastavam, ele nem se ralava. Então, cumpri o castigo mais pesado que tinha prometido, e sinceramente não tive pena nenhuma, porque à saída do colégio ele voltou a armar barraca, querendo atirar-se ao chão e querendo ficar na escola à força, tudo debaixo de chuva torrencial, um mimo!!
De maneira que chegámos a casa que nem pintos e seguiu-se uma bateria de cabresto: ficou sem TV ao fim da tarde, foi banho de cara fechada e brincas no quarto que já vais com sorte. E à noite, também não houve direito a conto contado, e ele ama contar as suas historinhas nem que seja para ganhar tempo acordado..., porque foi insolente com o pai (sim, aos dois anos já se pode ser insolente e ele foi), fugia com o rabo à seringa e não queria contar ao pai do seu mau comportamento - porque ele tem sempre de fazer o relato das asneiras do dia ao pai, não há saídas airosas, há responsabilização. Mas ele tenta sempre escapar-se, está claro.
Enfim, foi um dia e noite terribilis. Mas como as consequências, mais que castigos, consequências, que nós frisávamos bem e contrapunhamos ao que podia ser e ele lá ia reconhecendo, cabisbaixo e já manso, mas que já não lhe valia de nada, no dia seguinte acordou bem mais calmo, mesmo mais calmo. Ensaiou uma birra quando desliguei a TV para irmos para o colégio de manhã e eu deixei logo bem claro que, ou ele parava com essas birras ou acabava-se a TV de todo e ele logo foi à vida dele. O dia correu muito melhor e hoje já estava de volta o nosso Pedro mais sereno e cooperativo.
Até a próxima. Temos notado muito essa tendência nele: ele anda bem, relaxado e de tempos em tempos, ele vai aumentado o "à vontadinha" e vai forçando a nossa barra, a tentar conquistar margem de manobra para asneiras, a pôr-nos à prova, a apalpar os nossos limites. Nós deixamos bem claros esses limites, primeiro a bem, com falinhas mansas, depois a mal, com rédea curta e o facto é que ele reage e recua e tudo serena.
Parece mesmo que ele está a pedir para ser posto na linha e quando é posto na linha, serena. É a história das balizas e dos limites e dos pais criarem e controlarem os limites dos filhos para que eles estejam livres mas balizados, seguros porque sabem que têm alguém que não permite roda livre,que os enquadra.
Pena é a teoria desgastar-nos tanto para ser posta em prática. O resultado vale a pena, e ainda resulta com o Pedro, mas até chegar lá, valha-me deus... e o nosso ainda é pequenito, isto só vai ficar mais elaborado, mais complexo. Serenidade e perspectiva!!

4 comentários:

  1. Por aqui também já houve castigo parecido... Aguardemos.

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  2. Por aqui os finais de tarde tambem não tem sido fáceis. O M tem 4 anos e vem uma M a caminho...por isso tenho dado um desconto...mas paciencia tem limites. Palmadas e berros estão fora de questão, nada resolvem. Por isso encho me de truques e esquemas e ele acaba por se esquecer porque fez a fita e acabamos os 2, cansados mas felizes. Em ultimo caso, o castigo funciona sempre... ipad, televisão e pistas dos comboios interditas são os meus trunfos!!!

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  3. Como compreendo, ás vezes não "apetece" nada ter este trabalhão todo. Mas compensa. Vale a pena. Lá em casa também temos esses avanços e recuos. Nesta altura, e desde que entrou na escola, tenta sempre vir para a nossa cama á noite, estamos a contrariar, mas ás vezes não é fácil...
    beijinhos

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  4. O meu tb tá nessa fase.
    Muito inspira, expira por estes lados. lol

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