A mãe é bera

Coitado do puto, não lhe basta andar aflito (estes dentes de cima estão a dar um grande amargo de boca ao pequenote, tem as gengivas inchadas e doridas) e chorar as alminhas, ainda tem uma mãe que sem dó nem piedade lhe abre a boca à força para enfiar o Ben-u-ron goela abaixo. É que ele cerra os lábios e não cede a bem. Vai daí, ataco à filme: dedos em gancho nas bochechas e apertar até abrir. E abre, coitadinho! Mas agora, finalmente, dorme o meu anjinho quase ex-desdentado...

Poema

Quando a sopa é de batata
Nunca há desgraça
Quando a sopa é de arroz
Mais parece argamassa


Obrigada, obrigada.

Tom de Verão

A melhor coisa que podia ter acontecido às minhas unhas mãe-de-família e constantemente em perigo de serem roídas sem piedade foi o verniz gel, ou gelinho. Sempre em tom transparente ou cremezinho, para usar só ou como base dos milhares de tons que andam pelas minhas gavetas, mantém-se a si e ao verniz impecável, sem lascar e com muito brilho, por muito tempo. Esta semana, escolhi este lilás escuro quase roxo, um gelado de Verão.

Dor Maior - Grande Reportagem

A Grande Reportagem que está a passar neste momento na SIC. Está a dar cabo de mim, eu morria também.

Pedro e os saldos

Tudo Knot


Mamã precavida ataca os saldos para o Pedro com a ida para a creche no pensamento. Pronto para a escolinha, mas só daqui a uns meses!

Pobre Pedro

Se lhe bastam dois dentes em baixo para morder a língua, que fará com mais um que está a romper em cima? Cuidado, bebé...

Coitadinho, pela fúria das lágrimas, até deve ter visto estrelas...

Sonhando com o meu próximo quarto...

Zen

Clean

Leve

Branco

Luminoso

Íntimo

Sereno

Homes in Heaven

Agora...

... Que eu estou a atacar os saldos com o Verão no pensamento, este vai passear para outras paragens e me deixa de sandálias na mão?
Não pode!

O que vale é que as minhas melhores compras nos saldos continuam a ser as que têm no pensamento a meia estação. Cada vez me convenço mais que Portugal (ou pelo menos a minha santa terrinha) é lugar de Primavera e Outono todo o ano, apenas pincelados por breves períodos de calor e frio a sério.

Ah, se o Pedro fosse dois aninhos mais velho...

Íamos ao cinema ver o Pooh, seria um programão!

O frete

Já fiz muitos fretes na minha vida, mas como este último, nunca.
Fretei o Pedro!
Entramos dois numa estação, meia hora e depois de outra estação, resta um, o outro ficou pelo caminho.
Como? Pois que se abrem as portas, sai mãe extremosa e rebento adorado, são interceptados pelos avós expectantes, é passado o valioso testemunho e demais carga, beijinhos e porta-te bem, mamã vai só ali trabalhar um pouco e volta logo à tarde e volver ao comboio, que três minutos passam num instante. Até já, bebé... E a tarde chegou logo.

Cobertor salva-vidas

Ideia brilhante!
Para ajudar a salvar bebés da alta mortalidade infantil em países em vias de desenvolvimento, foi criado este cobertor que tem claras informações e simples instruções que qualquer mãe percebe e lembra, basta ver, mal ler. A sua venda reverte a favor do projecto e da entrega de um cobertor grátis para uma mãe que precisa. Grande projecto!

Fashionista

Começou pelos babetes. Agora passou para a roupa vestida. Ele mira, sisma, puxa, estica, sente, muito interesse revela ultimamente o pequeno Pedro pela sua roupa. Perde uns bons minutos sentado a admirar a sua farpela, só porque sim. Também se mete com os sapatos, mas é mais para os tirar que para os estudar, engraçado mesmo é a roupa.
Estou tramada, estou a criar um fashionista!

Inconfessáveis

À minha frente no supermercado estava uma mãe com um filho de cerca de 10 anos que tinha um atraso mental. Em menos de dois minutos, o menino tentou agarrar as minhas compras, fugir com as minhas compras, voltou para as prateleiras de onde tirou coisas, saiu com elas porta fora, a mãe foi atrás, trouxe miúdo e compras de volta, tentou não levar mais coisas, acabou por levar mais coisas.

Se todos os dias, todos seguidos, um depois do outro, criar um filho já é difícil, nem dá para começar a imaginar o quão difícil deve ser criar um filho com necessidades especiais.

Muito Respeito.

Adorável pequeno Peter Rabbit

Quem é que ele me faz lembrar, o fofo? Adorável!

Fast Food

Quando o que se pode ver nas prateleiras dos brinquedos é isto

e isto,

não admira que os resultados de um estudo sobre os hábitos alimentares das crianças portuguesas seja este. (Já agora, os brinquedos reflectem a realidade dos seu público alvo, ou direcciona esse mesmo público alvo? Não me admirava nada que a segunda hipótese fosse a correcta.)


Mais de 90% das crianças portuguesas comem pizas ou batatas fritas de pacote e bebem refrigerantes pelo menos quatro vezes por semana e apenas 0,1% consome água diariamente??

Isto é chocante e eu não sou nenhum exemplo de gourmet saudável, apesar de fazer escolhas saudáveis, cometo pecadilhos graves mais vezes do que gostaria. Mas não com esta frequência ou qualidade, muito menos pretendo deixar o meu puto escorregar numa situação destas.

Mas em Portugal notoriamente come-se cada vez pior e basta olhar à nossa volta para vermos obesidade cada vez mais mórbida por todo o lado...

É consensual que em tempos de crise, se tende a recorrer mais ao fast food, é mais prático, mais rápido mas sobretudo, aparentemente mais barato.

Mas para grandes males, devia haver grandes remédios! Já que estamos precisamente em tempos de crise, que tal fazer o bem, atacando o mal e a carteira dos maus hábitos alimentares portugueses?

Já pensaram o que seria propor uma taxa para os refrigerantes de 300 ou 400% para financiar o subsídio a sumos (a sério, dos naturais) ou leite?

Porquê não aplicar à "junk food" e "junk drink" uma sistema fiscal semelhante ao que se aplica ao tabaco?

Porque é que a Coca Cola paga menos imposto do que a gasolina? Sendo que a Coca Cola é o menos mau dos refrigerantes. Fantas, Sprites e quejandos são piores.

Porque não pôr os pacotes de Cheetos e batatas fritas do supermercado a financiar o pão integral, ou o esparguete?

A educação alimentar ensinada de chofre não consegue vir dos livros, tem de entrar pelos bolsos. O preço na hora de pagar a conta no Supermercado todos entendem e rápido. Será que não se deve usar a política de impostos para direcionar a dieta média das pessoas, principalmente das crianças, uma vez que aquela até agora só tem beneficiado multinacionais do lixo?

Afinal de contas, comer bem não é necessariamente mais caro. Poderá dar um pouco mais de trabalho e tempo, mas não sairá mais caro.
Comer melhor significa melhor saúde, menos gastos de saúde ou seja ,menos impostos no futuro para todos nós ou melhor serviço com os mesmos impostos. Basta pensar em bandas gástricas, hemodiálise, medicamentos para hipertensão, diabetes e outros que tais. Comer mal hoje é ir ao bolso de todos amanhã.