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terça-feira, 2 de outubro de 2012
Paixonite aguda
Há uns dias, em conversa com o maridón, comentava que a única coisa que tenha pena de perder por estar bem casada é aquele frisson de recém enamorada, a paixão pateta alegre dos inícios do início de um namoro, aquele tempo em que tudo é paixão mas ainda nem namoro é.
Realmente, nessa fase tudo é novo, tudo é perfeito, ficamos perdidos no olhar um do outro tempos perdidos. Os olhares são muito sérios e profundos e só pensamos coisas com flores pela primeira vez, pela única vez.
É a única coisa que tenho pena de nunca mais voltar a sentir, tendo-o sentido pela última vez há nove (NOVE NOVE ohmeudeus) anos, agora que estou bem casada e para toda a vida.
É que é um tempo que não se volta a repetir. Porque é tão bom, é tão emocionante, é uma adrenalina tão forte! É mesmo a paixão! Nós podemos continuar apaixonados, pode nascer algo muito maior que tudo isso que é o Amor, mas esse frisson, essa aventura, essa frescura de sentimento não volta, é um momento do tempo, tem o seu tempo e é fugaz, efémero, não dura.
Aquele meio minuto de momentos mágicos é a única coisa que tenho pena de não voltar a sentir.
E é apenas isso, pena. Porque não tenho vontade nenhuma de o voltar a sentir, não lhe sinto a falta. Tenho pena, mas estou noutro nível e não quero voltar atrás. Sentir isso significaria perder toda a minha vida construída e sinto que para o sentir agora não poderia estar como estou agora. Porque se eu saísse do que tenho agora para me pôr numa posição de o voltar a sentir teria de passar por tanta dor, por tanta revolução, que não sobraria nada de inocente e fresco para poder sentir esse frisson sem cinismo, sem desencanto. Voltar a sentir isso pelo maridón seria fazer tábua rasa de tanta coisa boa, de tanta coisa vivida, de tanta coisa que nós próprios curámos em nós. E teríamos de passar por tanta coisa novamente para chegarmos onde estamos agora. E ainda agora nos falta tanto para viver, tanta coisa pela qual ainda não passámos!
Há quem busque eternamente esse sentimento e se estampe vezes sem conta nesta vida. Há quem julgue que esse momento é que é o mais importante, que essa é a fase a prolongar e se desiluda muito e sofra muito porque "tudo mudou".
É uma fase muito gira, principalmente se for vivida com a pessoa certa, a que nos vai levar a todas as outras fases.
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9 comentários:
Também adoro essa fase.
Mas lá está, é uma fase. Leva a outras coisas igualmente ou mais espetaculares ainda.
Também tenho saudades de ser criança, mas bem, isso é outra coisa que não acontecerá de novo :D
Adoro a minha vida e não a trocava por outra.
É isso mesmo, lá está!
Sou defensora que o casamento tem fases. Estou casada há 10 anos. E tenho muitas alturas, em que andamos mais apaixonados (numas férias de Verão, por exemplo) e voltamos a comportarnos como dois adolescentes...Não tenho saudades nem pena da loucura inicial, porque tenho momentos de sedução muito parecidos em algumas fases!
É verdade, e eu tenho pena de não voltar a viver tanta coisa... mas lá está é pena, mas não vontade de ir lá novamente.... adorei o post! bjs*
Estou TÃO contigo...
Mas é curioso que parece que só nós gajas é que pensamos nisso, que problematizamos... pelo menos, do que verifico do meu homem, eles pura e simplesmente arrumam o assunto e seguem em frente.
Eu também tenho saudades, admito. Estavamos numa sala cheia e só tínhamos olhos um para o outro. Dez anos volvidos! Agora é tempo de aproveitar o amor sereno, que também é bom.
Concordo contigo :) Mas há tantas outras fases maravilhosas... resta guardá-la no coração e aproveitar todas as outras que vêm chegando.
São boas recordações que ficam.
Ao lembra-las estamos a vive-las de novo um bocadinho.
arrepio ao ler-te! ;-)
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