Este nome apanha-nos desprevenidas. E como a língua portuguesa é muito traiçoeira, à primeiríssima vista nem associamos o lindo passarinho ao nome malandreco. Eu que sou uma menina urbana fui apanhada, mas logo me desembrulhei da confusão!
A Pega-Rabuda nasceu de um sonho de uma menina que se escondia por debaixo da máquina de costura da avó, e a ajudava a manobrar o pedal com as mãos. Entretanto, essa menina cresceu, tornou-se guionista, casou e teve três filhos rapazes. Farta da vida na cidade, quis oferecer à sua família a possibilidade de viver uma vida mais genuína e próxima daquilo que é mais original: a terra, os animais, o campo…
Essa proximidade com as origens e a chegada da maternidade, tornou premente a vontade de criar coisas palpáveis e materiais, como que um legado que pudesse deixar aos outros. Um dia, a guionista comprou uma máquina de costura e começou, aos poucos, a fazer peças únicas para os filhos e para os filhos das amigas.
A marca A Pega-Rabuda nasceu também desse encontro com a paisagem alentejana, onde hoje se encontra o atelier de costura criativa. O nome surgiu de uma conversa com um dos filhos mais velhos, que, corrigindo, afirmou estarmos perante não uma “pega”, mas sim uma “pega-rabuda”, que se cruzou na estrada por onde passeávamos.
No nosso atelier, concebemos e costuramos peças únicas e irrepetíveis para bebés, crianças, senhoras e acessórios para a casa. Orientamo-nos pela qualidade na escolha das matérias-primas e tentamos escolher tudo o que é nacional: das palhas à chita, das rendas ao ponto cruz, dos linhos às rendas, etc, etc. Os nossos produtos têm uma clara orientação ecológica, são 100% algodão, e são todos pré-lavados com produtos home-made, anti-alergénicos. Também tentamos fazer a diferença no packaging. Todas as nossas encomendas são enviadas em embalagens feitas à mão e personalizadas para cada cliente. Junto enviamos sempre um saquinho de juta com um mini-sabonete de glicerina, by A Pega-Rabuda, com essência de flor-de-laranjeira. Para nós, comprar um artigo do nosso atelier ultrapassa o sentido estrito de compra, é antes uma experiência, um regressar a uma infância às vezes muito longínqua, que é preciso saber resgatar, onde a autenticidade e o carinho com que são feitos os nossos artigos fazem, certamente, a diferença. A filosofia de A Pega-Rabuda é um pouco esta… oferecer aos outros uma forma de viver e de ver a vida diferente da que estamos habituados.
Todos os dias, pela manhã, a Pega-Rabuda pousa no nosso muro e lembra-nos que está na hora de começar a trabalhar. Para mim, é sempre uma alegria vê-la, pois representa a minha felicidade e plenitude pessoal e profissional.
Cores e pormenores tão giros!
Adorei os botões e o forro contrastantes nestes tecidos tão tradicionalmente invernosos.
Não há nada mais a acrescentar, estou apaixonada, quero ir para o Alentejo cruzar-me com uma pega-rabuda, já, por favor...
Peças diferentes e originais feitas à mão. Costura, tecidos, acessórios e workshops.
Para encomendar algum dos artigos, por favor envie um email para apegarabuda@gmail.com, ou visite http://pegarabuda.blogspot.com/
3 comentários:
Adoro, adoro as peças. Gente de muito bom gosto.
my favorite so far!!! a história deixou-me de lágrima nos olhos e até um bocadinho invejosa... de quem tem coragem de arriscar e seguir os sonhos desta forma tão simples e bonita. Tb já fui uma menina com as mãos no pedal da máquina de costura da avó alentejana, e apesar da avó me elogiar sempre os "dedos de habilidosa", infelizmente não me ficou qqr jeitinho para os trabalhos manuais.
Adorei!
Embora não tenha qualquer ligação especial, admiro o trabalho da Maternidade Alfredo da Costa, sou lisboeta, sou mulher e....sou portuguesa acima de tudo.
Já deves saber que o governo mandou encerrar a MAC até ao final do ano 'sem mais formalidades'.
Sem explicação, de repente, sem justificação, querem fechar a maior e melhor maternidade do país? Se a Troika manda fechar x hospitais, então vá de fazer uma escolha, mas... fechar o melhor que temos? É como ter de fechar x universidades e escolher o Técnico ou a Nova, mantendo abertas as Independentes...
O problema não é fechar as paredes e cobiçarem o edifício no centro de Lisboa (que foi doado pelo Dr.Alfredo da Costa à cidade de Lisboa 'para ser uma maternidade'), se querem tanto lá construir um centro comercial ou um hotel de charme, a MAC pode ir em bloco para outro sítio, o crime é desmantelar uma equipa e know how que demora anos a construir...Se isso acontecer, será irrecuperável.
Em vez de guerras, violência ou greve, vamos mas é todos festejar os 80 anos da MAC, nem que seja pela última vez. amanhã todos nos Jerónimos às 20h para a grande festa de anos da MAC, para mostrar a toda a comunicação social que, perante ameaça, os portugueses respondem com Amor pelo que é seu. É graças à MAC que estamos no top dos melhores do mundo em cuidados infantis e tão baixa mortalidade.
isto merecia um post!
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