INQUÉRITO!!!
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OBRIGADA!!
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
E filhos, linda?
Nunca faço essa pergunta de circunstância. Nunca. É uma pergunta que não se faz a quem não se conhece bem e com que se não esteja a ter uma conversa de jeito.
É uma pergunta curta e aparentemente inocente que, quando não é respondida na positiva, na esmagadora maioria das vezes tem resposta curta, mas nunca uma resposta simples.
Ainda não. :S
Esta resposta vem com várias alternativas de subjacência, cada uma mais deprimente que a outra:
A - Ainda não porque "Pela milésima vez, não queremos! Ponham-me no Zoo, sim, sou um raio dum bicho raro, que ainda não quer ou não quer de todo que a Mãe Natureza se abata sobre mim e me faça parir pirralhos, mas quem é que neste mundo de deus não quer ter um filho assim que pode, oh alma penada?!
B - Ainda não por razões de ordem conjugal: "Ainda não porque não tenho um pai de jeito, ou pai de todo, ainda vou tendo algum discernimento, a nossa relação tem um calhau na engrenagem, obrigada pela lembrança."
C - Ainda não por razões subjectivas: "Ainda não porque andamos a tentar há meses, até o pino faço e mais parece que estamos debaixo de um bruxedo, sentimo-nos um falhanço da biologia, todo o bicho careta a parir e nós nada, f*ck you very much."
D - Ainda não por razões objectivas: "Ainda não porque somos uns loosers, é verdade, não temos dinheiro, não temos casa, não temos emprego, não podemos mandar cantar um cego, quanto mais multiplicar-nos. Obrigada pela preocupação."
Nunca presenciei um singelo "Ainda não" que não tivesse estampado na cara alguma das variantes supra. Perguntar não ofende, mas dói.
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9 comentários:
E se dói!!!
é uma seca este raio de pergunta.
mal vim da Lua de Mel me perguntaram essa palermice. os anos que vivemos em "pecado" antes do casamento nunca foram questionados :DDD
é ridiculamente parvo!
Dói muito. E eu também me fico pelo ainda não, quem sabe um dia?! Mas acho que o meu olhar e sorriso triste estampam a variante c) acima descrita.
É muito verdade, tudo o que escreveste. Durante anos, tive de me sujeitar à pergunta "Ainda não casaste?". Igualmente parva. Mas essa dos filhos pode ser dolorosa e é como dizes, tem várias respostas subentendidas.
Totalmente de acordo, é uma questão de sensibilidade e bom senso.
Rita
é aquela pergunta de circunstância numa sociedade desactualizada, se há 30 anos toda a gente tinha filhos, mesmo fazendo parte das alineas descritas, hoje em dia as pessoas "têm" que ser mais racionais.
Felizmente acho que só tive que responder a essa pergunta uma mao cheia de vezes, retiro-lhe o ainda e respondo com o nao, se como resposta tiver um silencio prolongado lá explico que me encaixo na alinea a)
quando o tive que dizer à querida sogrinha foi sem dúvida a que mais complicada
Vou linkar!!! posso???
É que é mesmo isso.
eu já dei algumas respostas malcriadonas a algumas pessoas... (dependendo da afinidade, do modo como perguntam, etc.) é que há pessoas que além de perguntarem, ainda têm respostas para te dar, "conselhos"...
eu também acho que são perguntas que não se fazem a qualquer pessoa... (filhos, casamento, etc.)
tenho uma prima muito malcriadona, e lá me perguntou, se o meu namoro era sério ou a brincar (já namorávamos há milénios), eu só respondi: de sério não tem nada, de noite brincamos aos médicos e enfermeiras... e depois perguntei eu: e a menopausa já lhe veio?
assunto arrumado!
mas a pior coisa que ouvi nem foi comigo... tenho 1 amiga que é mãe solteira... perguntaram-me se ela sabia quem é o pai???!!!! como se ser mãe solteira é sinónimo de promiscuidade!!! passei-me com tanta aberração de mentalidades...
Nem imaginas o quanto!!
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