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domingo, 18 de agosto de 2013

Pedro e o maninho

Um dos nossos preparativos mais importantes para a chegada do Miguel prende-se com a preparação do Pedro para a chegada do irmão.
De todos os lados me vêm relatos de embates mais ou menos violentos, sendo sempre certo que, com a chegada de um irmão mais novo para um filho até então único, ninguém sai ileso. Mais cedo ou mais tarde os ciúmes vêm, o ressentimento vira-se contra os pais ou contra o pobre do irmão bebé. Por isso, nós tentamos levar a coisa com muita calma, sem pressões...
Para já, demos-lhe a novidade o mais tarde possível, aliás, demo-la quando à nossa volta já toda a gente lhe perguntava pelo maninho e ele não fazia a mínima ideia do que lhe estavam a dizer. Obrigadinha! Nós queríamos evitar longos meses de expectativas e perguntas e espera. Não vale de nada dizer meses antes que vem aí um mano, quando o miúdo é tão novo que nem tem noção do tempo e para ele tudo tem de acontecer "agora". Já eu ia talvez no quarto ou quinto mês de gravidez quando começamos a dizer que vinha aí um maninho para ele também, até então, apenas falávamos dos manos das primas, dos amigos, que toda agente tem maninhos, e ele qualquer dia também teria.
A partir do momento em que a minha barriga ficou bem à vista, comecei a fazer uma cena gira todos os dias, apenas uma vez por dia, nada mais. Eu mostro-lhe a barriga e dizemos "Olá" ao maninho e lhe damos  beijinhos e abraços e falamos um pouco com o mano ou sobre ele. Ele gosta muito, ri-se, fala, beija, interessa-se apenas durante aqueles minutinhos, depois passa ao assunto seguinte ou segue a correr e eu deixo-o passar. E é geralmente a única vez que falamos no mano durante o dia inteiro. Não quero nada que agora seja tudo à volta do irmão, da gravidez, e todas essas coisas colaterais. Se ele me empurra a barriga, nunca, por nada, lhe digo que tem de ter cuidado com o mano ou que está a magoar o bebé, é sempre a barriga da mãe. Se eu não consigo fazer alguma coisa que antes fazia, nunca é por causa do bebé, é porque EU estou cansada, ou o Pedro é pesado.
Não gosto nada quando pessoas de fora vêm para cima do Pedro com a conversa estragada de "agora não podes fazer isso ou aquilo por causa do mano..."  "Olha que quando nascer o teu irmão..." "Ai que vem aí um irmão, coitadinho, vais deixar de ser o único da mamã" (Juro!!!). fico doida, as pessoas não têm mesmo noção. Mas enfim, elas querem fazer conversa, dizer qualquer coisa ao puto, sai-lhes às vezes asneira, nada de novo...
Por outro lado, dizer que vem aí uma brincadeira sem fim, que vai ser o máximo, "...que bom que vem aí um irmão para brincar muito com contigo", também não ajuda por aí além, porque até parece que vem aí outro puto de três anos e não um ratinho limitadíssimo. Por isso, uma outra coisa que tento fazer com o Pedro em relação ao irmão é manter as expectativas o mais baixas possível, assim ele só pode ser agradavelmente supreendido! Vou-lhe dizendo que quando o irmão nascer vai ser muito muito muito pequenino, não vai saber fazer nada das coisas crescidas que o Pedro já sabe fazer, basicamente só vai dormir, chorar e fazer cocó, só mais tarde, bem mais tarde, é que vai começar a fazer coisas giras, que nós vamos ensinar.
Essa é outra. Uma outra coisa que agora estou a começar a fazer é envolvê-lo no que ele, enquanto crescido pode fazer pelo irmão mais novo. Coitado do maninho, é tão pequenino que não sabe fazer nada, coitadinho, vamos ter de ser nós a mudar a fralda, a pô-lo a dormir, a vestir, todas essas coisas. Nós vamos ter de fazer tudo por ele "...e a mãe e o pai vão andar muito com ele, porque ele não é crescido e forte e lindo como o Pedro. E quando ele fizer cocó o Pedro pode mudar a fralda. E também pode ajudar no banho..." essas pequenas façanhas... E o Pedro vai dizendo que sim, e que os bebés isto e aquilo, mas bottom line, os bebés são muito limitados e temos de ter paciência, coitados, são o grau zero da existência...
O Pedro, apesar de ser rapagão, gosta de bebés, trata-os com carinho e cuidado, é carinhoso com eles. Nós dizemos, sempre que ele dá beijinhos na barriga ou a sente mexer, que é o mano a dizer-lhe olá, que ele  gosta muito do mano velho e fica muito contente por o Pedro estar a falar com ele. Essa conversa põe o Pedro muito feliz, fica radiante!
Quando o maninho nascer é que vão ser elas... Ele vai trazer um presente ao Pedro, para mimar o mano mais velho, até já sei o que será, e eu quero muito que ele venha conhecer o irmão logo que possível, por ele, por mim, para que seja natural e não uma ocasião solene ou empolada pela preparação da coisa.
Então vai começar o jogo de malabarismo entre fazer tudo pelo bebé, sem perder o mais velho de vista, sem o pressionar, sem o censurar... Mais do que nunca vamos ter de ser uma equipa, o pai a ajudar a mim e a dar extra atenção ao Pedro, eu a desencantar momentos especiais com o Pedro entre os sonos do irmão e nós a tentarmos que o Pedro não perturbe sestas e rotinas do bebé, para que o bebé não perturbe a nós de volta... Vai ser uma gincana daquelas...


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12 comentários:

Anônimo disse...

Goetei muito deste post. Ando com a cabeça às voltas com a maneira como o Edouardo vai encarar a chegada da Matilde, sobretudo com a primeira ida para a escola. Infelizmente vai ser tudo mais ou menos na mesma altura. Mas tens aqui umas boas iniciativas!!

batatafritamae disse...

Ui, ao meu também diziam pérolas do tipo "vais deixar de ter os brinquedos e as atenções todas só para ti".
Mas sabes o que eu fazia? Dizia logo à pessoa para não voltar a dizer esse tipo de coisas, tau! Sem cerimónias.
E, ou ficaram com medo ou então ofendidos, não sei, o que sei é que nunca mais disseram.

Quanto ao resto, eu fiz tudo by the book, mas honestamente, acho que é impossível contornar o incontornável.
É apenas um período de adaptação, faz todo o sentido que durante algum tempo as mudanças mexam connosco. Temos de criar novas rotinas, é mesmo assim.
O que interessa é que depois todos nos habituamos a sermos um todo e as coisas começam a fluir outra vez.
E, a fase mais gira: quando o mano bebé se derrete com o mano mais velho. O mais velho fica inchado de orgulho e nós vibramos com a relação deles.
É esperar para ver e respirar fundo :)
Estás muito bonita.
Bjs aos manos.

M' disse...

Tens toda a razão!

Lembro-me de, por causa de dizerem "agora vais ter uma companheira para as brincadeiras!!", levar para a maternidade um baralho de cartas, porque achava que vinha outra menina com 5 anos e pouco para jogar comigo.
:b

Beijinho

Jo disse...

Mas vai correr tudo bem!

miriam disse...

nem vale a pena stressares =))) só depois de ele nascer é que vais ver como serão as coisas. nós achávamos que o jaime ia ter imensos ciúmes e bla bla bla e nada. adora o irmão, a 1ª coisa que faz quando se levanta é ir dar-lhe um beijinho e ver se está acordado. claro que nem sempre é assim mas o melhor é ir vendo cada dia =) vai correr bem! ;)
não sei como é ter uma menina, como é com a batatafrita, e por isso até fico a pensar que se dão assim tão bem por serem do mesmo sexo...

Caco disse...

Partilho 100%! Que ideias tão giras para lidar com esta nova etapa! Só pode correr bem, de certeza!

S. disse...

Também tenho pensado muito nestas questões, porque muita gente me pergunta como reagiu a Bárbara à notícia de um irmão. Eu não lhe disse nada especificamente. Começo agora a falar nisso, mas tenho imensas dúvidas sobre como lidar com os vários aspectos que abordas aqui, daí que é um excelente post para me começar a orientar! Beijinhos

Kuski disse...

Tenho dois filhos, e nunca notei ciúmes nem problemas quando a mais nova nasceu.
Sempre envolvi o mais velho em tudo, até na escolha das coisas para a irma e quando ela nasceu, ele ajudou sempre em tudo com ela... Até a dar banho!!! Imaginem a ginastica que era e os cuidados!!! Ele ia por a chucha se ela chorava, ia espreitar se estava a dormir....
Nada de stress antecipados :) eles por vezes conseguem surpreender-nos :)

Mafaldix disse...

Olá. Vai correr bem. Se eles não se sentirem rejeitados nem postos de parte penso que é mais ou menos pacifico. O meu mais novo faz esta semana 4 meses e nunca tivemos cenas de ciúmes nem cenas connosco. Bem sei que quando o mais novo começar a ter mais protagonismo e ofuscar a estrela da companhia podem vir alguns ciúmes, mas havemos de lidar com a situação. A nós é que nos sai do pêlo e é uma grande diferença ser mãe de um ou de dois. Então agora com os dois em casa o tempo todo é mesmo a loucura!!! Ontem plubliquei no Facebook alguns dos posts do meu blog sobre a chegada do irmão e a preparação do mais velho que podes gostar de ler. Bjs e tudo a correr bem.

Simplesmente Ana disse...

Vou guardar este texto para o futuro, porque concordo a 100% com ele.

Anônimo disse...

Os ciúmes do meu filho mais velho não surgiram quando o irmão nasceu, mas sim mais tarde (9 meses) quando ele começou a "invadir" o seu espaço, a pegar nos seus brinquedos, a fazer gracinhas, etc etc.
No ínicio fiz tudo o que fazia com o mais velho antes do irmão nascer (às vezes até ficava com remorços por não passar tanto tempo com o mais novo, como tinha passado com o mais velho), mas entretanto o pequenito começou a crescer e a requerer mais atenção (e também a ter ciúmes do irmão mais velho).
Eles são inseparáveis mas muito ciumentos um com o outro...

Anônimo disse...

Adorei!
Tambem estou á espera do 2º filho...agora e uma menina. Tenho feito de tudo para q seja ainda + importante (se é q isso é possivel...) e tb lhe digo essas coisas do bebe ser ''um zero á esquerda''....tambem diz ''Olá bebe!'', qse todos os dias, já lhe falei da prenda q ela vai trazer... mas confesso q tenho medo!
Acho q tudo se resolve, como sempre, mas para eles não devem ser tempos nada fáceis...
Aida Ribeiro

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