Mas a manhã de hoje foi de estrada e umas luzes sobre a ilha. Uma volta de jipe e fez-se o reconhecimento da ilha, conhecemos as peculiaridades, os usos, as dificuldades, as belezas. Vi o azul e verde cristalinos do mar, todas as tonalidades das rochas, os amarelos e ocres e castanhos da terra, das casas, da areia feita de coral.
Achei um piadão à "falta de originalidade" nos nomes dados às coisas. parece que por aqui não se quer rotular nada, isso dos nomes é para pôr no mapa, não serve para comer, plantar ou viver. Querem nomes, nós damos, não seja por isso: temos o ilhéu de cima, ilhéu de baixo e o ilhéu de fora (tudo com maiúsculas, perdoem o meu telemóvel..), temos a Serra de Dentro, a Serra de Fora, o Campo de Cima, o campo de Baixo, temos a capital, que até ser cidade foi Vila do Porto Santo, depois de passar a cidade passou a ser Vila Baleira, mas que para quem cá vive e lá vai, será sempre a Vila, ou melhor "ir lá abaixo". Para quê complicar? Ainda para mais, se tudo é belo, inóspito, bravio, basta sê-lo, não compliquem.
Tempos difíceis, de antigamente, em que o Bolo de Caco se fazia de três em três semanas porque não havia lenha para menor intervalo. E a bosta de vaca era um combustível cujo roubo merecia castigo severo.
Pormenor lambarice e que me vai deixar grandes saudades... Encontrei nos biscoitos de mel do Porto Santo as melhores Corintias de sempre, que não comia há anos com grande desgosto por causa das porcarias que leva. Trago comigo umas doses para o continente, mas ficam já as saudades...
Um comentário:
vivo na ilha ao lado, Madeira. E digo-te que essa minha ilha vizinha é mesmo um paraíso. Tive o prazer de passar um mês e meio no Porto Santo, pois estive em estágio no Centro de Saúde.
É sem dúvida uma ilha maravilhosa e o fato de não dependermos do carro para tudo é espetacular (isto claro, se tivermos o privilégio de ficar na Vila) :)
Ainda bem que gostaste! Beijinhos
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