E sinto muitas vezes que não estou sozinha neste número. Cada vez vejo mais mulheres a debaterem-se com o mesmo problema, a por a nú que têm muitos pratos para equilibrar e pouco jeito para a coisa, a encontrarem e partilharem mil e uma teorias e esquemas para se manterem em jogo.
A gestão do tempo é um assunto que me interessa muito. Mas infelizmente não como teoria, não tenho tempo! Nem para ler, nem para aprofundar, nem para nada! Só tenho tempo para apanhar uma dica aqui, outra ali, gostar de uma ideia que me chama mais a atenção e tentar adaptar à minha realidade e necessidades.
Aqui fica um apanhado das cinco últimas muletas que fazem a minha teoria mitigada de gestão de tempo, uma manta de retalhos da organização do tempo (porque é que isto me soa contraditório?), obrigada blogosfera!
1- Telemóvel, o braço direito. Para começar, o meu instrumento de trabalho principal, além do computador (que é portátil), o meu carrasco, mas meu braço direito. O meu telemóvel. Tem a minha agenda, os contactos, os documentos, a net, as fotos, as apps, as listas. Tudo. Estou sempre agarrada a ele, odeio-o quando toca sem parar, mas não vivo sem ele. Juro, às vezes penso, se não tiver o meu telemóvel aqui ou ali, por exemplo, na maternidade (!), para me manter ligada ao mundo, eu enlouqueço! Sem ele perderia imenso tempo, mas com ele obrigo-me a cada vez mais, é uma relação difícil mas imprescindível.
2 - Listas e wishfull thinking. O blog da querida, linda Sofia é uma inspiração diária. Especialista nisto da gestão de tempo e valorização pessoal, com muito para ensinar, mas sobretudo, muito para inspirar, ela é uma fonte diária de boa-onda, força de vontade e foco, muito foco. Dela tirei a necessidade de criar listas, de criar prioridades, de ter perseverança. Ainda estou muito longe nesta corrida de fundo, sobretudo na parte de lifestyle e filosofia de vida, mas quando me sinto hiperventilar e com a cabeça a mil, crio uma lista com tudo o que há a fazer, e consigo ter alguma perspectiva.Não sou OCD das listas, quem me dera, mas tenho que dar uma ordem no meu caos diário e a lista feita e visualizada é ouro.
3 - Pomodoro. O blog da Rita, The Busy Woman & The Stripy Cat, é uma fonte inesgotável de lições práticas. Mais virado para o minimalismo e para o yoga, que não são bem a minha praia, dele retiro ainda assim óptimas dicas que me levam a querer destralhar a minha vida (ma non tropo!), a simplificar as coisas, a organizar o meu tempo e a dar uma estrutura forte e tecnológica ao que tenho de fazer. Ela é super exaustiva e apoiada nas tecnologias, os seus recursos ultrapassam-me completamente, eu fico-me pela rama e feita burra a olhar para o resto, mas o mínimo que se consiga aprender com a Rita é suficiente, acreditem.
O melhor que de lá retirei nos últimos tempos foi a técnica do Pomodoro: 25 minutos a trabalhar sem distrações, sem paragens, num projecto determinado, e cinco a descansar, 25 a trabalhar, 5 a descansar. Saquei imensas apps de Pomodoro, fiquei com a minha preferida e estou viciada. Faço tudo em Pomodoros, trabalho, trabalhos específicos, social media, arrumação de casa... Às vezes para me dar um incentivo a trabalhar 25 minutos seguidos numa coisa impossível de encarar (geralmente trabalho), às vezes para controlar um projecto com o qual perco a noção do tempo (social media), às vezes por uma questão de estatística (arrumar casa, trabalho específico), os Pomodoros são o barómetro do meu dia e muitas vezes denunciam quem me traz problemas ou distrações. É incrível as vezes que um Pomodoro consegue ser interrompido, é incrível a quantidade de chamadas, de mensagens, de notificações que podem intrometer-se em 25 minutos de trabalho! Um verdadeiro fenómeno!
4 - A teoria do 8 - 8 - 8, o meu sonho de dia. A querida Magda está no meu coração, pela pessoa incrível que é e pelo que vai naquela carola. O que tem a ensinar em termos de parentalidade, a quantidade a momentos A-ha que já tive à conta dela, a sua assertividade positiva e de bem com as coisas dá muita vontade de fazer as coisas bem, ainda que muitas vezes seja um exercício difícil de concretizar.
O último momento A-ha ficou a ser o meu dia de sonho: 8 horas de trabalho, 8 horas de lazer, 8 horas de sono. É isso! É este o dia que quero para mim! Como é que eu durmo tão pouco, não faço 16 pomodoros por dia e ainda assim não tenho tempo de lazer? Onde estão a ir parar as minhas 24 horas do dia? Eu sei que por muito que peçamos, não podemos ter mais horas, mas quem ficou com as minhas 24 horas de dia, que raio de divisão - ou será dispersão? - lhes faço? O meu objectivo de vida é organizar-me para ter um dia assim dividido, a régua e esquadro. Esqueçam os livros de auto-ajuda, esqueçam as teorias rebuscadas, eu quero 8 horas de sono, 8 horas de trabalho (não emprego...), 8 horas de lazer. E eu sei que é tão simples quanto deitar-me mais cedo, levantar-me mais cedo, não me dispersar no trabalho, desligar do trabalho uma vez acabado o expediente. Tão simples, tão longe...
5 - A teoria dos dois minutos, que aprendi no blog da Rita Ferro Alvim, outra mãe malabarista, que se queixa do mesmo que eu. Ela falou no outro dia de uma dica que realmente faz todo o sentido, mas ainda estou a assimilar e incorporar no meu dia-a-dia. Trata-se da teoria dos dois minutos, e eu adorei, apesar de ainda nem sempre conseguir conjugar com os Pomodoros ou com outras coisas. Nisto de criar prioridades, podemos dar mais importância a uma acção do que a outra, por conta da sua importância em si, mas também pelo tempo que nos ocupa. Eu reconheço que é na dispersão que muitas vezes está o meu problema, estou a fazer uma coisa, surge outra que agarro e deixo aquela ponta solta, e assim por diante e nada acaba feito, o que não pode ser. Mas! Se essa acção me tomar menos de dois minutos a fazer, podemos livrar-nos dela imediatamente e tirá-la da nossa vista. Se numa avaliação de segundos virmos que leva mais de dois minutos, fica para depois. E de facto, há montes de pequenas coisas que podemos resolver assim que surgem e que escusam de estar a "tralhar" a nossa to-do list. O pior é se ocupamos uma hora em acção de dois minutos, ou se não temos o nosso poder de síntese e ataque cirurgico bem oleado. Mas talvez isso venha com o tempo.
E como neste post já lá vão quase 3 Pomodoros, pergunto se terão sugestões de dicas e truques assim simples, assim eficazes, que possam juntar à minha estratégia de bem manter bolas no ar todo o dia?
As
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3 comentários:
Dicas não terei, sou uma mãe/trabalhadora/sedenta de lazer desesperada, mas vou acompanhar de certeza! Adorei o post. Beijinhos
Adorei este post, muito, muito bom!
Vou aplicar algumas destas dicas, realmente parecem simples e podem fazer milhões de diferença.
Obrigadíssima
Maria
Olá,
Sigo regularmente, para além destas maravilhas, todos os blogs referidos e concordo a 100% - são todos, sem exceção, excelentes fontes de inspiração, mesmo quando estamos quase a fraquejar e a desanimar.
Acrescentaria ainda uma dica que ouvi há pouco numa entrevista feita pelo Fernando Alvim a uma psicóloga: a técnica dos “5 minutos”: quando já estamos sem energias mas queremos muito concluir uma determinada tarefa pensamos “só mais 5 minutos” e por aí fora vamos conseguindo atingir os objetivos. Funciona :)
Um beijinho e muitas felicidades.
Joana
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