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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

As birras e nós



Ao partilhar dos dramas da Filipa (força, estamos contigo!!), andei ontem e anteontem a alinhavar a nossa posição quanto a birras. Acredito que a nossa posição (minha e do pater famílias, bem entendido) não seja consensual, mas eu cá acho que tem as suas virtuosidades. Aqui vai disto...

O Pedro já está nos terrible two há algum tempo, e todos os dias vai refinando a arte de bem nos moer a cabeça... Uns dias mais que outros, às vezes até noto que é dia sim, dia não: ele diz não a tudo, deixa-se cair ao chão quando queremos que ande, chora quando insistimos, não quer largar a televisão, não quer dormir... Umas vezes mais, outras vezes menos, dia sim, dia não, como dizia...

E como temos nós reagido aos seus achaques de prima donna?

Na rua:
Eu não ignoro birras em público, não as admito. Dentro de lojas, em locais fechados e com pessoas à volta, não permito. Eu não gosto nada de ver crianças aos berros ignoradas pelos pais, não o vou fazer também. Compreendo que seja inevitável os miúdos fazerem birras, o meu também as faz, compreendo que seja a forma que aqueles pais escolheram para lidar com elas, mas não gosto de as aturar, nem às minhas, nem às dos outros, nem quero que seja a minha forma de lidar com elas. Se eu não puder sair dali em menos de um minuto, o que faço é fechar a cara, baixar ao nível dele e mandar parar imediatamente enquanto o distraio com alguma coisa ou o levo a fazer o que eu quero (por exemplo, não se levantar do carrinho das compras). Eu fico mesmo com cara de brava calma, não há explicações, nem pedidos, fico má! "Baixa-te já, a-go-ra. Não vais sair do carrinho, acabou-se" :)) Mas em tom baixo, sem gritar e a sair de cena o mais rapidamente possível. Até agora não tenho tido birras de muito tempo, ele ainda acalma relativamente rápido (um, dois, três minutos no máximo).
A sensação que eu tenho é que ignorar uma birra em público é dar-lhe audiência na mesma, porque ele saberia que nós estávamos a ver, que imensa gente à volta estava a ver e que podia dar-lhe para aquilo até ele se cansar, não necessariamente até ele perceber que não levaria a dele avante. Se eu cortar o mal imediatamente e pela raiz ele vê logo que não leva a dela avante e escusa de gritar. E a nossa reação é fechada e imediata SEMPRE, eu não me importo nada de passar por má em frente a estranhos, o que eu sei é que se eu reagir um dia bem, outro mal, ele saberá que tem ali um flanco a explorar.
Consistência, portanto.
Uma coisa é certa, até hoje (e ele ainda tem apenas dois anos, EU SEI que muita água ainda vai correr e isto vai ser cada vez mais difícil...) ele nunca levou a dele avante. Outra coisa também é certa: nós somos razoáveis no que lhe exigimos e muito muito muito importante, nós não abusamos dele. A última vez que ele fez uma birra tramada foi no supermercado na semana passada e desde então, nunca mais o levei ao super, faço o possível por ir sozinha, porque sei que ele neste momento não sabe controlar-se no super e eu não vou pôr a mim e a ele deliberadamente nessa posição. Outro exemplo, são raras as vezes em que vamos jantar fora com ele, porque sabemos que ele não tem idade para aguentar muito tempo, pela hora e pelo tempo decorrido e pelo silêncio que se espera num restaurante normal. Para mim não é divertido, não é um programa de família levá-lo a um restaurante. Desde que o Pedro nasceu o No Menu tem sido o nosso amigo das sextas à noite, é mesmo assim, por enquanto lá terá de ser...

Na via pública, eu não tenho para onde fugir com ele, porque já estou cá fora. Então, eu fecho a cara e falo séria, mas vou andando, não vou logo ter com ele. Vou chamando por ele, finjo ir-me embora, desvalorizo. Aí ele pode deitar-se no chão um bocado, descabelar-se, que eu fico ao longe parada e fechada a dizer "Vamos embora? Já choramos tudo? Olha que enquanto estiveres no chão a chorar não vais poder ver o Panda...Olha que enquanto não entrares no carro não vais poder ver o livro do Panti..." Geralmente este tipo de golpe baixo chama-o à razão, coitado... E depois eu tenho de cumprir a promessa velada, obviamente. Se ele insiste em não ir, eu pego simplesmente nele em peso e arrasto-o dali para fora, el que grite e esperneie. E isso é em todo o lado, em casa, na rua. É uma chatice porque já temos tido passeios a acabar bem antes do tempo... Além disso ele está muito pesado...

Em casa, a nossa atitude é um pouco diferente e comecei a fazê-lo há pouco tempo, porque só agora começa a perceber: quando ele começa a fazer birra por alguma coisa, mas aquela birra chata, sem outro motivo que não uma birra de subir às paredes, se ele não se acalma à segunda ou terceira vez que lhe digo alguma coisa que o acalme, das duas uma: se ele estiver à mesa, eu digo-lhe que assim não falo com ele, que não gosto nada que ele se porte assim mal e que quando ele parar de chorar eu volto. E saio da cozinha e ele fica a gritar e chorar sozinho. Assim que ele se cala, eu volto. Se ele volta a chorar, eu volto a dizer "assim não, vou embora, não falo contigo assim!" e saio. Mas digo isto na boa, bem calma, do género "bom, não há condições, sinto muito, vou retirar-me, na boa, paz!". Evito ao máximo gritar, mostrar que estou enervada ou alterada (às vezes é impossível, mas eu bem tento!). A melhor reacção é o não admitir calmo e consequente. Não gosto, não vou ficar a aturar, ficas a chorar para o boneco. Até agora, passado pouco tempo, ele deixa de ter vontade de chorar para o boneco e cala-se. Se nós estamos na sala, e ele chora e não acalma à terceira, dizemos "queres chorar, vais chorar para o teu quarto" (ou para a sala se estivermos no quarto) e levamo-lo para longe de nós e dizemos "agora ficas aqui a chorar sozinho, porque ao pé de nós chega, já não pode mais ser, e quando parares de chorar voltas" E não é que o miúdo fica a chorar sozinho mas ao largo? Depois ou ele pára e volta sozinho, ou passado um bocado vamos ter com ele e perguntamos se já chega, se quer voltar, "Mas sem chorar". E o facto é que ele até agora tem não só percebido como se tem acalmado. E quando volta, é recebido de braços abertos, nós muito contentinhos e a festejar o facto de ter acabado tudo. E ele fica contentinho também. Aí vale a pena dizer que não pode ser tanto barulho, que ele podia partir a jarra, que andar com o triciclo em casa faz doi doi no chão... mas antes de ele se acalmar, não.

Eu sinto que se simplesmente ignorar e ele continuar ao pé de mim, ele vai continuar a ter audiência, ela apenas não está a reagir. Quem cala, consente. Agora, se a audiência se recusar a ver o espetáculo e mandá-lo cantar para outra freguesia, a coisa pode mudar um pouco de figura...
 Também sinto que se começar a enervar-me e a gritar com ele vou estar a entrar no jogo ao mesmo nível dele, e eu não estou ao mesmo nível, eu sou a mãe e a adulta, ele é que é o puto imaturo, eu não quero gritar, muito menos dar o exemplo de que se grita neste tipo de situações. Eu às vezes tento falar o mais baixo possível à medida que ele vai subindo de tom e às vezes ele pára só para ouvir... Às vezes é muito difícil, às vezes é impossível e tenho a noção de que é cada vez mais difícil, mesmo porque o Pedro é muito físico, ele foge, vira, empurra, já começou a espernear... Mas é assim que eu vou tentar lidar com as birras e o meu mote continua a ser consistência: Start as you mean to go on. Ah, mas com o espernear e cenas físicas, pára tudo e às vezes vai para o castigo dois minutos (tantos minutos quanto os anos de vida), isso é que é mesmo NÃO NÃO

Esta ideia do "vai chorar para o quarto, choras tudo, e quando estiveres mais calmo, estás à vontade para voltar" foi implementada pelo meu marido. Ele diz que se lembra de os pais dele lhe fazerem isso quando ele era novo e de como ele se sentia totalmente pointless a chorar sozinho no quarto, com cinco, seis anos, que logo lhe passava a birra. Bom, isso é indicador de que as birras não acabam, mas ao menos não vão em escalada... Porque ele não tinha nem boa nem má audiência, não a tinha, ponto. E ninguém fica a chorar para o boneco numa birra. Principalmente sendo birra, que tem toda a sua razão de ser no testar limites, ver reações, ver quanto tempo aguentamos. Oh pá, sinto muito, eu cá não aguento nada, mas também não ignoro, ele sabe logo que não vai dar em nada e que nós não vamos assistir àquilo.

Os miúdos têm de libertar as suas frustrações e aprender a controlá-las leva uma vida, mas ao menos que não subam a parada, que vejam que não lhes serve de nada, pelo contrário, que mais do que serem ignorados, esse comportamento não é aceitável, não é algo que toleramos por perto, que os impede de alcançar o que querem, mais do que deixá-los pendurados sem saber onde é que aquele comportamento os vai levar...

Vamos ver onde a prática nos leva, ainda agora começamos a partir pedra...

39 comentários:

S* disse...

Concordo em absoluto. Não vale a pena fazer ouvidos moucos e tentar ignorar, até porque aquilo se torna muiiiito irritante. A solução é mesmo mandar o pequerrucho para outro sítio. Se quiser continuar a berrar, pois que berre... acabará por se cansar.

Isa disse...

Gostei do que li... não vou opinar porque a minha criança a única birra que faz é não mexer tanto na minha barriga como eu gostava :), mas este é um assunto que me preocupa!

AM disse...

As birras consigo controlar...na rua faço como tu (geralmente vem arrastada ao colo e controlo-a com a chupeta) e em casa, se a conversa não chega (nunca chega), fica sozinha na divisão e eu vou a minha vida. E as birras são sonoras mas curtas. Ao restaurante, tadinha, vai todas as semanas porque os meus pais são adeptos de jantares fora e lá consigo entrete-la a escrever na mesa ou a beber água ou a comer pão mas, assim que chora, vamos embora pois sei que eu ultrapassei o limite dela (é um bebé de 17 meses, um restaurante às 22horas é uma violência). O que eu não cnsigo controlar - e se um dia quiseres fazer um post sobre isso, agradeço - é o lançamento do objecto. Manda tudo quando está enraivecida ou a brincar. Apanho uma vez, explico que não se faz... mas repete a cena. Claro que depois não apanho mais, e ela vai mandando tudo o resto fora (chucha, copo, papel, pão, brinquedos, comandos..enfim)...

Marta disse...

Concordo contigo basicamente em tudo.
Só uns pequenos apontamentos: por cá não adianta tentar conversar durante uma birra, não ouve nada, por isso em público, a única alternativa que me resta é pegar nela como consigo enquanto ela chora, grita e esperneia directa para a saída. Também não consigo isola-la para chorar sozinha, isto porque ela não me larga, se me afasto agarra-se às minhas pernas aos gritos. Por último, acredito que não devemos afastá-los em absoluto dos cenários de potencial birra (supermercados, restaurantes, por ex) mas devemos fazê-lo de forma gradual e controlada. Não vais com ele a restaurante de ambiente a média luz :) mas podes ir comer uma pizza a um restaurante informal e rápido e ir explicando o comportamento aceitável nesta situação.
Eu preciso de por em prática a máxima não gritar. Preciso mesmo! Também acho pouco saudável e com poucos resultados, opá, mas é tão difícil!

Mum's the boss disse...

Esgtou a correr mas
1) gosto mesmo da forma como explicas tim tim po tim tim.
2) gosto de cenas que li e muito
3) outras, faço diferente de ti, lá está, cada um faz como acha melhor e como sabe.
4) gosto da ideia do teu marido de mandar para o quarto chorar... percebo a lógica e não vejo que seja terrível. aliás, há momentos em que é importante que eles fiquem sozinhos, não para pensarem no que fizeram mas porque é preciso. pq estao a aprender a lidar com as emoções. estou convencida que a partir dos 3 anos já começam a saber fazer isso, mais para a frente, mais para trás.

e agora vou. beijinhos e um bom resto de dia, com ou sem birras! Ah! E faz parte, essa coisa das birras... ver se volto ca com mais calma. obrigada por me teres mandado para a mini feijao ja nao ia la ha seculos.

Melancia disse...

ai as birras... o fantasma de qualquer Mãe e Pai! Para estes lados, aos 19 meses, tem sido tudo muito soft e as poucas birras (por enquanto) são resolvidas o mais rápido possível, para não deixar nunca entrar na fase do decsontrolo, em que eles ficam tão nervosos pela dificuldade de gerir a sua própria frustração, que a pouca capacidade de controlo que têm nesta idade, vai por água a baixo. As birras, tanto quanto sei, são extremamente importantes para o desenvolvimento da personalidade, porque é o manifestar da angústia, da frustração e das suas próprias incapacidades e ajudar os pequenos a resolve-las, estamos a dar ferramentas para que as resolvam no futuro. Para mim ignorar está fora de questão, porque eles ficam mesmo tristes e descontrolados perante a sua impotencia, e ao ignorarmos isso, estamos a dar a ideia de que não nos importamos... Ou pelo menos eu penso assim. Distrair ao máximo e manter sempre a coerencia, se era NÃO ao início, não é por gritar e espernear que eu mudo de ideias!
Para mim, outro ponto fundamental é manter sempre a mesma postura, quer seja em casa, quer seja em publico, independentemente do que vão pensar de mim!
e depois, o que dá mesmo trabvalho, é fazer de tudo para evitar as birras: as idas ao supermercado, as alterações dos horarios de sono, os restaurantes...
E já chega!! eheheheheh!
Ah, falta o mais importante: nós respirarmos fundo e contarmos até 10!

Anônimo disse...

Concordo mesmo com tudo!
Não tenho filhos mas tive pais que não tinham tolerância para birras. Bastava a minha mãe arregalar os olhos que já me calava (isso vem daqui a uns anos quando os meninos já são mais crescidos). A palavra dos meus pais sempre valeu, e muito, "não" (é mesmo não), "sim" (é sim) e o "logo se vê" (é um teste à impaciência das crianças, mas como adultos dá muito jeito). "Fazes em público, é em público que aprendes." Achei tudo razoável, quem me dera que muitos pais fossem mais firmes e constantes. Óptima dinâmica, parece-me. E sim, é mesmo complicado manter uma criança numa almoçarada de adultos num restaurante (leva 4 horas, não se pode pedir tanto), mas pode levar 1 (só um) brinquedo à escolha (e não pode ser muito grande) e vai espairecer com o pai ou com a mãe, ver a paisagem etc e tal... Obrigada, foi mesmo refrescante ler este texto.

Maria do Mundo disse...

Nem sempre as birras são iguais e por isso nem sempre a reacção tem o mesmo cariz de reactividade...normalmente também não admito!

Ana disse...

Faço minhas as tuas palavras e os teus actos :) haja paciência para ultrapassar estas fases que infelizmente fazem parte do crescimento! Eu tb não tolero em público e em casa tb tento que pare. Não é fácil! Bj

Anônimo disse...

Gostei muito das suas palavras... a minha Inês tem 2 anos e 4 meses e é do mesmo género... dia sim dia não!

A parte de vai chorar para o teu quarto nem sempre (quase nunca) resulta porque ela saí numa grande furia e pendura-se em mim a chorar ainda mais!

a pediatra dela deu-me a mesma dica do castigo 2 minutos (1 por cada ano) mas como assim? eu não consigo sentá-la numa cadeira quieta 2 minutos... faço o quÊ? prendo no quarto?? acho que não...

Tem algumas dicas?

Sara Silva
sara.p.santos.silva@gmail.com

Vecas disse...

o post é sem dúvida muito bom, o Gustavo é mais novo, tem 16 meses mas também já me faz perder a cabeça com certas atitudes e birras, manter a calma não é mesmo coisa fácil! beijinhos

batatas com maionese disse...

Eu costumo dizer que cada caso é um caso. Que cada criança é diferente e que por isso não podemos corrê-las a todas da mesma maneira.
Aqui o impensável e que não funciona pura e simplesmente é deixá-lo a chorar sozinho porque 1º vem a correr a trás de mim, não me larga; 2º porque tem um medo terrível de ficar sozinho numa divisão e obrigá-lo a isso seria cruel.
O "sair de cena" é uma opção que já me foi falada pelas minhas cunhadas, mas por exemplo, no caso de uma delas, ela também se queixa que os putos vão atrás dela, que não funciona!
Algo que é muito verdade e que o meu querido pediatra já me disse é que os putos topam-nos à distância e que se apercebem SEMPRE quando estamos nervosas. E o gritar definitivamente espelha totalmente o nosso desespero.
Quando o nosso puto grita ou fala alto, pedimos sempre em voz muito baixa para ele falar mais baixo e ele vai baixando gradualmente.
A maternidade e educação de uma criança é algo de muito complexo. Eu sou contra as fórmulas únicas. Acho que mais importante é conhecer quem temos em casa e adaptar métodos em função disso.
Agora, a partilha é sem dúvida muito positiva. Assim se vai aprendendo e vivendo.

**SOFIA** disse...

eu impaciente me confesso :S por acaso tenho que reconhecer que a minha mais velha nunca fez cenas em público, do tipo atirar-se ao chão aos berros. nem chegou a esse ponto cá em casa! no entanto ela é muito sensível à falta de sono o que normalmente se revela às refeições, logo fica eternidades para comer, não come sozinha aos 3 anos :SSSSSS, e tem que ser tudo levado na base da negociação a toda a hora. Não é que a negociação seja de compensação, ou seja, não lhe dizemos que se comer depressa lhe damos um doce, Não, dizemos é "se não agarras já no garfo vais pensar para o teu quarto" e nesta situação ela já está a fazer uma fita com choro. depois ao deitar também é sempre um grande filme, fica doida, brinca feita maluca aos gritos e não ouve NADA, é quase como se fosse uma birra de choro mas sempre a rir muito alto e aos saltos. nós tentamos ignorar os primeiros momentos e falamos calmamente e sempre baixinho, há dias em que dá certo, mas há outros (em que nós também estamos mto cansados) em que berramos nós ou então lá sai uma palmada enérgica no rabo. o mais incrível é que ela nunca chora em reação à palmada, mas chora quase sempre se a pomos no castigo!!!!
olha enfim, uma canseira!!!

**SOFIA** disse...

eu impaciente me confesso :S por acaso tenho que reconhecer que a minha mais velha nunca fez cenas em público, do tipo atirar-se ao chão aos berros. nem chegou a esse ponto cá em casa! no entanto ela é muito sensível à falta de sono o que normalmente se revela às refeições, logo fica eternidades para comer, não come sozinha aos 3 anos :SSSSSS, e tem que ser tudo levado na base da negociação a toda a hora. Não é que a negociação seja de compensação, ou seja, não lhe dizemos que se comer depressa lhe damos um doce, Não, dizemos é "se não agarras já no garfo vais pensar para o teu quarto" e nesta situação ela já está a fazer uma fita com choro. depois ao deitar também é sempre um grande filme, fica doida, brinca feita maluca aos gritos e não ouve NADA, é quase como se fosse uma birra de choro mas sempre a rir muito alto e aos saltos. nós tentamos ignorar os primeiros momentos e falamos calmamente e sempre baixinho, há dias em que dá certo, mas há outros (em que nós também estamos mto cansados) em que berramos nós ou então lá sai uma palmada enérgica no rabo. o mais incrível é que ela nunca chora em reação à palmada, mas chora quase sempre se a pomos no castigo!!!!
olha enfim, uma canseira!!!

Raquel disse...

Grandes dicas! Nas superfícies comerciais também fazemos assim, ele vê logo que não tem hipótese! Ainda ontem, na decathlon, estava teimoso e não queria arrumar uma camisola que tinha tirado do sítio! Baixei-me, falei baixinho e com calma e passado menos de um minuto já estava a arrumá-lá no sítio! Fizemos logo uma "festa" como reconhecimento do seu bom comportamento! Umas palminhas que ele adorou!
curioso é que ele faz sempre o que lhe pedimos, quando está com birra, se o pedirmos calmamente. O pai esteve ausente uns meses valentes em trabalho e no início ralhava com ele nestas situações o que só o provocava mais. Depois o pai lá percebeu, com a minha ajuda também, que só com calma é que o conseguia "levar a bom porto"! É viver e aprender! :-)
Beijinhos

Princesa sem Reino disse...

A relembrar daqui a uns mesas cé em casa! Adorei este post!

E sempre, start as you mean to go on! ;)

Beijinho

Unknown disse...

Muito obrigada pelos vossos comentários, pelas vossas experiências, pelos vossos pontos de vista! Realmente todos os miúdos são diferentes na forma como fazem e como reagem numa mesma situação, BERRAR!

Uma coisa na qual mal falei foi no que fazer quando ainda temos a birra apenas latente, quando ainda só estamos na teimosia e na insistência... Aí vale muita coisa, tal como a Melancia disse, distraí-lo, ou ainda fazer caretas, ou um jogo de quem acaba de comer primeiro, tanta coisa... hei-de ainda pensar nisto melhor...

Unknown disse...

AM, quanto ao lançamento de objectos... pois que o meu às vezes também faz isso, no outro dia agarrou no sapato e atirou-mo à cara! Fiquei muito zangada, parou tudo! Estavamos no carro e disse-lhe que não podia ser, que fez doidoi na mãe, que não se faz e acabou-se.

No caso de ser em casa, eu zango-me com ele e digo logo que não se faz, mesmo que tenha de lhe pegar nos braços para o parar e dizer bem calmo, "não se faz", mas não são situações muito graves, ele não o faz muito, por enquanto ainda apercebe-se que fez mal e pára logo. Imagino que se fosse algo recorrente e intenso eu teria de o tirar da situação, ir com ele para outro sítio para se acalmar. Quando for mais velho, talvez uma boa tática seja "se atiras, ficas sem ele" e desaparecer com o brinquedo por um tempo, MESMO...

Mas não te sei dizer nada em concreto, apenas posso imaginar o que eu faria ao meu filho se ele fizesse assim, cada criança é diferente, há diferentes reações e soluções...

Beijinhos!

Unknown disse...

Marta, concordo muito contigo quando dizes que não se deve afastá-los totalmente de situações de potencial stress. Mesmo porque é impossivel, mesmo que tentemos... Se há jantar em família, se é num restaurante familiar, ou ao almoço, ou uma refeição rápida, dá para se fazer bem a gestão do cachopo, de facto. E por exemplo, deixei de ir ao super com ele, mas posso dar um salto no minimercado da rua, é aventura stressante na mesma, mas despacho-me muito mais rápido e ando mais à vontade...

Unknown disse...

Sara Silva, eu não sou de todo especialista, nem me arrogo pergaminhos nesse departamento, mas quando o Pedro sai do castigo eu fico muito zangada, esbugalho muito os olhos e levo-o de volta para o canto em que o deixei (não virado para o canto, bem entendido!) imediatamente. Se ele levanta, eu sento, se ele quer sair,eu prendo, nem que eu tenha de ficar ao lado dele no castigo durante o tempo, até ele perceber que o castigo não acaba enquanto não for cumprido, mesmo que eu tenha de estar de castigo com ele.Mas sem conversa, estou zangada, triste com o comportamento dele... Acho que sobretudo tentaria manter a coerência, a simplicidade, a inevitabilidade da consequência, para que ele saiba exactamente o que acontece, e que não é nada agradável...

Boa sorte e boa busca de melhores resultados, beijinho!

Unknown disse...

Batatas, claro que cada caso é um caso, eu falei apenas do meu e do meu ponto de vista...

De facto, o Pedro tenta agarrar-se às vezes, mas ainda não é cola, nunca foi, ele ainda não entrou a sério na estratégia agarrar-se-como-uma-lapa, mas talvez seja uma questão de tempo, porque ele tem feito uns ensaios nesse sentido. Mas por enquanto, dá para descolar, ou então aproveito para falar-lhe ao coração, do género, "tás agarrado à mãe, então vamos ter uma conversa cheia de emoção e coração" hahaha

E de facto, o Pedro não tem problemas em estar sozinho, claro que ele prefere estar connosco, mas ele brinca bem sozinho, não está sempre em cima de nós, reconheço que isso deve facilitar o "agora podes chorar tudo sozinho e depois voltas"...

As soluções e respostas vão mudando e evoluindo, conforme também eles vão mudando.

Unknown disse...

É verdade Raquel, muitas vezes em fase de pré birra, falar baixinho, simples e calmamente ainda resulta bem, espero que continue assim ;))


Princesa, start as you mean to go on,ainda vai virar postal, é mesmo O MANTRA desta minha maternidade!

Começa como queres continuar!

Simplesmente Ana disse...

E o castigo dos dois minutos funciona? O Pedro fica quieto até passar o tempo? Estou a pensar implementá-lo, não por causa de birras, mas por causa de uma linda fase que começou: a fase do desafio (não faças isso! E ela faz logo, mesmo para desafiar! Grrrr).

Com a minha o que resultava era abraçá-la na altura e falar logo depois. O pessoal ficava a olhar para mim, a dizer que lhe estava a recompensar a birra. Mas a verdade é que sempre (até agora?) foram curtas e sem achaques físios (espernear e outros que tais).

Sandra Barradas disse...

Adorei o post e é tão bom a partilha entre mães tb adorei ler os comentários. As birras aqui tb estão achegar( 19 meses)para já é mais em casa, na rua porta-se lindamente assim como em casa da avó ou da tia. Todas me dizem porta-se tão bem.. eu fico com aquela cara , mas acho melhor em comentar.
Em casa tb a deixo a chorar vou lá e digo a mãe volta quando estiveres mais calma, e acabo por aparecer várias vezes, já acabou? Normalmente resulta e eu consigo controlar. O pior são as birras do não querer dormir, ai já eu estou cansada ela esta cansada e é um desatino.Ontem eu não tive um dia fácil e a pequena desde que saiu da creche esteve o tempo todo Não não...eles adivinham não achas?

bjinhos

Cátia disse...

Não me conhece, mas costumo ler o seu blog, que adoro. Concordo com o que disse. Não podemos ignorar uma birra, nem um comportamento que não seja adequado.
Eu tenho 2 filhos: a mais velha com 4 e o mais novo com 21 meses. Duas experiências completamente diferentes. Com a minha filha adoptei a estratégia do castigo dos minutos (tantos quantos a idade), mas depressa entendi que, no momento em que começava a teimar com alguma coisa (segundos antes de começar a birra) e eu explicasse o porquê de forma a que ela entendesse, muitas vezes ajudava. Outra coisa que aprendi com a minha filha é que este tipo de castigo deverá ser um último recurso, porque ela ficava muito revoltada e, muitas vezes, demorava mais a acabar com a birra. Penso que a revolta era por não perceber o porquê do castigo. Quando usava este castigo, tinha que explicar com calma o porquê. O mais pequeno não costuma fazer muitas birras, só muito raramente as faz. Mas, por outro lado, resolve os problemas dele a bater, a puxar cabelos e a dar dentadas (eu sei que faz parte da idade). Quando isso acontece, costumo tirar-lhe o brinquedo que está a brincar ou a sua adorada chucha e dizer que só devolvo quando pedir desculpa (geralmente, à mana) e começar a se portar bem. Depois explico que ele deve é dar beijinhos e não dentadas. E se quer alguma coisa, deve pedir e não tirar ou bater... Tem resultado.

Cátia disse...

Não sei se posso deixar aqui uma sugestão para as mães que têm problemas com a hora do sono (a minha mais velha nunca gostou de dormir, foi sempre um problema muito grande, quer em casa, quer na escola).
Eu tive que criar uma rotina com a minha filha, desde muito cedo:
- até aos 2 anos: lavava os dentes, íamos para o quarto dela, bebia o leite já no berço e eu ficava lá, de luz apagada, até que ela adormecesse. Primeiro, dáva-lhe a mão para ela adormecer, depois fui tirando gradualmente a mão, mas ficava sempre no seu quarto até que adormecesse;
- a partir dos 2 anos, quando mudou para uma caminha, passei a contar-lhe uma história à sua escolha (mas já com a luz do quarto reduzida), depois finjo deitar nos seus olhos "pós mágicos do soninho) e, até aos 3 anos, mantive-me no quarto, sentada no tapete, à espera que adormecesse.
- Depois dos 3 anos, a rotina era a mesma, com a excepção de eu sair do quarto para que ela adormecesse sozinha. Foi difícil, mas ela, em 1 mês (com muito incentivo dizendo que era uma menina crescida, que a mamã e o papá estariam na sala e até criando outras rotinas e lenga-lengas - como contar até 20 em português e em inglês e depois ir embora) ela passou a adormecer sozinha no seu quarto! Uma maravilha. É preciso muita vontade e dedicação e, acima de tudo, criar um ambiente já calmo e escuro para quando entram no quarto saberem que é para dormir.
Comigo resultou e estou a fazer o mesmo para o mais pequeno, que é bem mais fácil de adormecer do que a irmã. Ainda não tem 2 anos e eu, por vezes já saio do quarto antes dele adormecer.

Elix disse...

A minha piolha está com 18 meses, é muito mexida e muito aventureira, mexe em tudo... mas de facto acho que ainda não tivemos birras grandes que me lembre, de qualquer forma vou ficar atenta, porque realmente acho que a coerência e o bom senso são tudo nestas coisas! bjs*

Monia disse...

Gostei muito! A minha ainda só tem 21 meses mas é como se já tivesse dois, em questão de birras. Até agora, temos conseguido acalmá-la e levar sempre a nossa avante, mas já percebemos que o nível sonoro do choro, por exemplo, vai aumentando de dia para dia, as manhas também. É urgente delinear uma estratégia para quando chegarem os terrible two a sério! Gostei dessa de ir chorar para o quarto. É mesmo, sem audiência não faz sentido fazer birra. Obrigada por partilhar!

Unknown disse...

Embora a minha filhota já esteja a chegar aos quatro anos, e por isso a maturidade seja diferente, há alguns truques que funcionam quando há birras: uma delas é dar alternativas - às vezes eles próprios não sabem como sair da teima de uma birra, dar-lhe alternativa ao que está a pedir e não tem, às vezes resulta.
Outro truque que também resultado muito bem é, à medida que a birra aumenta, ir piorando o cenário - por exemplo, quando ela não quer ir para a cama, porque quer fazer não sei o quê, digo-lhe que se continua, não só vai para a cama, como não há história (que é uma coisa que ela adora) e se ainda piora, vai sem os bonecos (é uma ninhada na cama). Resulta. Ela percebe que se continua, não só não leva a dela avante, como a coisa ainda fica pior.

Su disse...

Adorei este post. adoro a forma decidida com que encaras tudo na maternidade.

Temos opiniões muito semelhantes, mas neste momento sinto-me instável. Não consigo manter a calma necessária para dizer NÃO em baixo tom. Não consigo. Já no final da gravidez estava a ser impossível de o fazer. Quem me conhece sabe que não sou assim.

Um grande beijo para ti ML

Sarinhas disse...

Eu sou daquelas mães que ignora muitas vezes as birras principalmente quando as birras são de frustração e em lugares públicos, e, o facto de ignorar não significa que ignore o mau comportamento. Quando há birras em locais públicos muitas vezes não é o mais indicado os pais chamarem atenção dos filhos, visto que, esta chamada de atenção irá ser feita em público e na maioria das vezes a tendência é a birra intensificar. É o que acontece com o meu filho. Claro que não há métodos perfeitos, nem há métodos que funcionem para sempre e é neste sentido que os pais devem encontrar uma solução adequada a idade e a personalidade dos filhos.

Com o meu filho funciono assim, em casa tento perceber os motivos das birras, tento sempre falar com ele com muita calma, oiço-o com toda a atenção que ele merece e conforme o que ele me diz tento acalma-lo com palavras ou com carinhos. Para além de falar com calma, sento-me sempre para ele não sentir que o meu tamanho representa uma autoridade, não quero que ele me veja assim. Quando sinto que a birra parou explico sempre o porquê de eu não gostar de birras.
Nestas situações há para mim palavras proibidas como "não", "não volto avisar", "vais ficar de castigo", "já chega" e "pára", qualquer palavra que seja negativa por norma só piora. Quando sinto que a birra está a piorar depois de já ter falado com ele, começo a contar até 3 e não digo mais nada. Quando chega ao 3 pego nele e meto-o sentado no local do castigo, fica sentado até se acalmar e mais uma vez volto a falar com ele e volto a explicar o porquê de eu não gostar de birras.
Em lugares públicos ignoro simplesmente e as pessoas, com muita pena minha ou não (lol) têm de levar com os gritos do meu filho.

Na minha opinião não podemos exigir as crianças o que podemos exigir a um miúdo de 12 anos. O meu filho com quase 4 anos não tem capacidade para entender o "se queres chorar vai para o quarto" e ainda não consegue lidar sozinho com alguns sentimentos. Tento ao máximo respeitar as necessidades dele, se ele precisar de chorar ou de gritar eu deixo, depois tenho de ser eu, como mãe, fazer o mais importante, dar-lhe os pilares necessários para que ele consiga construir uma estrutura forte e equilibrada que aguente sozinha, todos os sentimentos negativos e as consequências dos mesmos como birras.

Atenção, não estou afirmar que os métodos que aplicam estão errados, como aplico o contrário acho que seria interessante partilhar a minha experiência com o meu Vasco.
Já agora parabéns pelo blog

Sarinhas disse...

Outra coisa que me esqueci de referir mas já vi que também aplica, cá em casa há bolinhas de comportamento e sempre que tem muitas bolinhas verdes durante 1 semana recebe uma prenda pequenina

Kiki - Família de 3 e 1/2 disse...

Fantástico ML,
susbcrevo tudo! Os nossos babies estão na mesma fase e com formas parecidas de reagir às situações. E eu faço exactamente como tu!

E o dar-lhes a liberdade para saírem do castigo quando acharem que já perceberam o que fizeram, fá-los crescer, responsabilizarem-se e aprendem a reflectir das conequências dos seus actos. Faço sobretudo com a Gigi que já é mais velha!


Beijinho

Unknown disse...

Simplesmente Ana, Quando a birra ainda é só teimosia, também tento ir lá com abracinhos e falinhas mansas, às vezes ele consegue encaixar o não, e segue em frente. Quando assim é, é muito bom!

O castigo dos dois minutos vai funcionando, quando há castigo é porque a coisa descambou mesmo e estamos mesmo zangados, ele geralmente acata, mas se sai do castigo nós voltamos a pô-lo lá, muito a sério, sem contemplações! Eu tento ir lá buscá-lo no momentto em que pára de chorar, para que pense que fui porque parou e não porque passou um tempo. Geralmente coincide, mas se ele não pára de chorar, ao fim de dois minutos vou lá e pergunto se vamos embora, se parou a birra e muitas vezes ele diz que "siiim" ainda a chorar, tadinho. Eu trago-o de volta, mas sempre a dizer que acabou o choro, já passou a birra... Todas as vezes há um pequeno twist, mas eu tento que as consequências sejam coerentes, depois a forma pode variar...

Boa sorte!!

Sandra Barradas, parece que adivinham sim!

Cátia, muito obrigada pelos seus comentários e pelas suas dicas tão preciosas, que boa partilha! Concordo muito consigo e também tento fazer assim, é um desafio constante!

Raquel Alves, grandes dicas, sempre muita sabedoria, obrigada amiga! Definitivamente a aplicar, à medida que for ficando mais crescido!

Beijinhos a todas

Unknown disse...

Su querida, não estás sozinha, e estás num momento muito especial e difícil de gerir da tua vida, não te preocupes, tudo vai correr bem, estás no bom caminho!!

Chichi cama, muito obrigada por partilhar o seu ponto de vista. É realmente muito interessante conhecer mas muito diferente do meu, sobretudo porque a mim parece que os miúdos já compreendem melhor do que aparentam os seus comportamentos e sobretudo o efeito deles em nós e as consequências que deles podem advir. Penso sempre que dentro da sua imaturidade eles já alcançam muito, já sabem muito, daí tentar desde cedo responsabilizar, no meu caso, o meu filhote...

Não é tudo pão pão queijo queijo, o ideal é fazer um mix, apenas com as traves mestras bem assentes...

Ainda não plico esse método das bolinhas de bom comportamente, talvez para isso o P ainda seja demasiado novinho, mas acho um método bestial, quando for mais velho, sobretudo para introduzit tarefas domésticas ou bom comportamento, quero muito implementar!

Beijinhos a todas, muito obrigada pelas vossas partilhas!

MissBlueEyes disse...

Cá por casa temos birras do piorio, então é assim, senhor S. assim que se faz algo que não lhe agrada, ou lhe retiramos algo da mão, ou pura e simplesmente porque vou arrumar o trem de cozinha que fica espalhado pela sala a birra é: começa a andar à roda, a bater com os pés no chão e por fim, claro, atira-se para o chão. As birras são assim em TODO o lado, seja no shopping, no supermercado no restaurante ou em casa. Claro está que nos locais públicos me apetece espancalo, mesmo! Mas nem uma palmada lhe dou, porque fica tudo a olhar, eu ainda digo põe-te em pé, pára, anda, nós vamos embora, ele responde logo um Xau enquanto acena, enfim, castigo, para ele e para nós, vamos logo embora! Em casa o caso já muda de figura, berro, sim porque Dom S. só percebe que se fala a sério se lhe der um BERRO com um PÁRA! E castigo para o quarto, como já não está na cama de grades, quando chego ao quarto tenho a roupa toda no chão, ou as fraldas, ou os cremes, enfim, nada fácil! Mas no quarto ainda é a única coisa que resulta. Eu levo-o para o quarto, deixo-o a chorar/gritar, minutos depois vou ter com ele e digo-lhe: "Vais-te portar bem? Acabou as birras? É muito feio um menino fazer birras filho!" Ele diz que sim, dá abracinho, diz "cupa mamã" (desculpa mamã), e podemos ter round 2, de onde não saí na próxima meia hora, entretanto já estão todos os dvd´s no chão espalhados e umas mil tentativas de ligar o dvd, eu fico sentada na escada a olhar sem ele me ver. Mas pronto, o que vamos fazer, espancar-lo? Não! É tentar levar da melhor maneira, mas raramente o deixo levar a melhor!

Não é fácil educar, mas fazemos o nosso melhor.

CláuDia disse...

e quando a crianca esperneia manda se para o chao em pleno shopping ..e a mae faz o mesmo..
é ver a crianca a parar e a olhar para a mae..
istpo que te estou a contar é veridico..é amiga da minha cunhada..fez lhe isso ao filho:)
mas concordo com td o k disseste ..a minha tem 1 ano..e ja ta a comecar ..aos poucos chega la...
ao terrorismo:)
beijoo

Ana disse...

Deve ser a primeira vez que comento este blog apesar de te (posso tratar-te por tu, não posso?) há algum tempo.

Lido com crianças desde sempre. A começar nos meus dois irmãos mais novos e a terminar na minha profissão (psicóloga), passando por anos e anos de experiência em diferentes contextos, sempre com miúdos. Um dia destes hei-de ser mãe e é possível que as minhas ideias vão todas pelo cano mas já acreditei mais nisto. :)

De tudo o que escreveste ficam duas coisas MUITO importantes: 1. consistência. Sermos coerentes e consistentes com o que fazemos faz muito mais pela estrutura emocional dos nossos putos do que qualquer outra coisa. 2. "Eu sou a mãe, a adulta, e ele é o puto imaturo". Opá, só me apetece darte um abraço por isto e é a primeira vez que comento, vê bem. É TÃO raro as pessoas terem real consciência disto. Tão raro. Sabem-no, em teoria, claro, mas não o sabem aplicar na prática, não sabem como agir quando a criança se descontrola porque a tendência é elas próprias descontrolarem-se e serem incapazes de retomar a gestão das suas emoções.

Pensar, dialogar e chegar a uma base de acordo com a outra parte que educa é igualmente importante.

Cada família, cada pai, cada mãe, tem de olhar para os filhos que tem e aprender a conhecê-los tal como eles são (e não como desejaria que eles fossem) e estar sensivel ao que resulta, com base naquilo que estabelece como limites, como valores dos quais não abre mão.

E pronto, desculpa a extensão do comentário. :)

Ana

Maffa disse...

Grande partilha e boas dicas.
Na minha opiniäo e experiência quanto mais se ignora a birra mais as birras aparecem.
As criancas säo impulsivas e imaturas nessa idade. Além disso näo têm quase controlo nenhum sobre a sua vida. Säo os adultos a decidirem quase tudo por eles. E isso é frustrante.
Ora manda-los para o quarto chorar acho contraproducente - na minha opiniäo faz com que o filho se afaste emocionalmente dos pais.
Ele está a ter um mau momento e em vez de se tentar resolver e ser firme mas estar ali com ele naquele momento de frustracäo, sente-se abandonado...
O que aprende - os meus pais gostam de mim apenas quando eu me porto bem.
O meu filho ainda faz algumas birras com quase 4 anos, mas eu estou ali ao lado dele, as vezes até o abraco e digo - amor näo pode ser... percebo que estejas triste mas nem pensar que podes fazer isso!
A neura passa-lhe e depois normalmente a boa disposicäo volta em grande forca.
boa sorte e parabéns pelo blog!

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