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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Ele fala
Uma das coisas que mais mudou e eu notei nesta última vez que o Pedro esteve doente, e ele já não estava doente há uns bons meses, foi o quanto o seu crescimento alterou a forma como nós comunicamos quando ele está doente.
Ele agora já não chora apenas ou fica apático ou pelo contrário mais reactivo.
Ele agora fala. Diz-nos coisas. Que conquista! Que angústia!
Por um lado é completamente diferente para nós ouvirmos o nosso menino dizer "dói ouvido mã mã", do que simplesmente chorar. Nós sabemos imediatamente onde é a dor, o que provavelmente se passa, como o podemos ajudar. Mesmo que ele depois esteja semanas a queixar-se do ouvido - ele é muito dramático, este meu filho, quantas vezes já nem cicatriz há, e ainda ele aponta para a mão para se queixar do grande dói dói (arranhão) que lá esteve. O importante é que naquele momento de aflição e dor nós sabemos de onde vem essa dor porque ele nos diz, ele nos direcciona, nos dá uma luz. E isso dá-nos logo um controlo da situação muito maior.
Mais, ele até consegue colaborar, se explicarmos bem explicadinho, ele acede e deixa-se observar, mexer, colabora, toma o suminho remédio, abre a boca à médica, percebe que nós estamos a jogar na sua equipa e que estamos lá para o bem dele. Isso muda tudo, completamente.
Por outro lado é angustiante ouvi-lo dizer o nosso nome e que dói.
"Dói ma ma." "
"A minha mã mãaaa!"
Dilacera o coração.
Pelo que diz, a chamar por mim, eu com ele ao colo e ele a chamar por mim, como se eu não tivesse ainda chegado a ele, porque eu não lhe tirei dor nenhuma, eu não consegui fazer nada.
Pela forma, tão encolhida, tão indefesa, tão aflita, tão chorosa, com aquela voz de bebé e com os esses mal ditos e as sílabas tão separadas...
É uma conquista e é uma angústia. Sempre esta mesma dicotomia.
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4 comentários:
Deeve ser mesmo um alívio e uma aflição ao mesmo tempo!! A minha ainda só tem 16 meses, não comunica dessa forma, mas tê-la ao colo e ela estar constantemente com gemidos e dizer "mamã... mamã..."... deixa-mos desarmadas!!
Um beijinho
Imagino ML, pensamos sempre que melhora porque já conseguem dizer o que sentem mas depois há sempre o reverso da medalha... Custa tanto vê-los doentes... E o meu este ano nem as «despega» (primeiro ano de creche).
Beijinho,
Andrea
As verdadeiras maravilhas da maternidade...
Ainda não cheguei a essa fase, mas anseio por ela. E provavelmente quando lá chegar, vou sentir essa mesma angústia de que falas. É assim, ser Mãe...
Beijinho
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